A cistometria é a avaliação da fase de enchimento vesical (da bexiga). É uma das fases do exame conhecido como Estudo Urodinâmico ou Urodinâmica. Essa fase vem após a urofluxometria (conversamos sobre ela na semana passada). Após a medição do resíduo pós-miccional, é infundido soro fisiológico em um cateter uretral, enquanto um outro cateter está ligado a um transdutor de registro de pressão ve sical. Um cateter retal se liga a um transdutor de pressão abdominal. Através da fórmula “Pressão vesical = Pressão abdominal + Pressão detrusora” é possível identificar a pressão detrusora. O aumento de pressão detrusora corresponde a contração do detrusor (músculo da bexiga), o que não deve acorrer na fase de enchimento. Esse achado é conhecido por contração involuntária do detrusor. Esse diagnóstico está diretamente relacionado ao sintoma de urgência miccional (vontade forte, imperiosa é inadiável de fazer xixi), urge-incontinência, aumento da fr...
Urofluxometria é um exame que avalia se há algo errado com a fase de esvaziamento vesical. Para que isso seja possível, o paciente precisará urinar no mínimo 150 ml, após perceber a bexiga confortavelmente cheia. Essa micção é realizada em um simulador de vaso sanitário acoplado em um urofluxômetro (espécie de balança que gerará um gráfico a partir da pressão hidrostática da urina coleta em um frasco). Três dados interessam ao urologista e ao fisioterapeuta pélvico: o fluxo máximo, a curva de fluxo e o resíduo pós-miccional. 1. O menor valor aceitável em relação ao fluxo máximo é 12 ml/s, valores menores do que esse sugerem disfunção miccional. 2. A curva de fluxo normal tem um formato de sino, curvas que fogem desse formato sugerem disfunções. Abaixo estão imagens das curvas alteradas e sua relação com as disfunções (a amplitude nas curvas foi com a interação de deixar a compreensão da morfologia mais didática, nos exames essas curvas são apresentadas com am...