Acredite, tem quem fique constrangido(a) só de LER a palavra ORGASMO, falar sobre o assunto então é quase impossível para algumas pessoas. Mas, por que isso acontece?
Ainda vivemos em uma sociedade muito repressora em relação ao sexo, especialmente para a mulher, que até bem pouco tempo atrás não poderia ter nenhum protagonismo no ato sexual, apenas “servir” seu parceiro para que este se satisfizesse sexualmente. Obviamente a falta de protagonismo da mulher era muito mais ampla do que entre quatro paredes.
Este panorama tem mudado aos poucos, e cada vez mais a mulher tem conquistado autonomia e protagonismo nas relações de trabalho, social, pessoal e sexual.
Esse movimento, vem acompanhado por diferentes tipos de posicionamento por parte da sociedade, a depender dentre outros fatores, do nível de esclarecimento e preconceito. Quando o assunto é orgasmo, uns mais “conservadores” ainda o relacionam a “safadeza” e impróprio a mulheres “de família”. Outros mais “liberais”, frequentemente exageram na adoção de termos chulos, na exigência do uso artigos eróticos e no incentivo a um comportamento espelhado em atriz pornô.
O fato é que orgasmo é fisiológico, ou seja, uma resposta muito prazerosa que o corpo humano tem potencial de alcançar mediante um estímulo sexual. Portanto, o orgasmo está disponível para homem e mulher, independente de crença ou religião.
Falar sobre o orgasmo com a naturalidade que um evento fisiológico merece é ir ao encontro do conceito de saúde sexual . Tal conceito abrange:
* Educação sexual que vá além de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST’s), mas que desenvolva, por exemplo, senso crítico sobre o discurso “castrador” de algumas lideranças religiosas. Aliás, esse mesmo discurso muitas vezes é a raiz de problemas conjugais que culminam em divórcio, justamente o que as igrejas não querem que aconteça nas famílias, e nem se dão conta que podem estar plantando esse fim nos discursos pré-nupciais.
* Acesso à informação de qualidade sobre sexo não apenas vinculado à reprodução, mas também como manifestação natural de intimidade, entrega e autoconhecimento;
* Incentivo ao autoconhecimento (incluindo exploração genital);
* Liberdade para dividir queixas e dúvidas sobre sexo, sem constrangimento;
* Garantia de ter tais queixas e dúvidas acolhidas por parte dos profissionais da saúde;
* Acesso a alternativas terapêuticas para as disfunções sexuais. A qualidade das experiências sexuais precisa ser valorizada.
Precisamos quebrar tabus e contribuir para saúde sexual como pilar importante da qualidade de vida de homens e mulheres.
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Abraços,
Thais Cristine
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